Portinari

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Tem Show neste domigo!


Foto de 1976. Suzana Castro e Souza e Nelson. Dos arquivos de Juarez Fonseca
O Teatro de Arena e o “Crocodilo Chorou”.

Meus,
Vou fazer um show, no próximo domingo, dia 30, às 20 hs, no Teatro de Arena, dentro da programação que festeja os 40 anos deste símbolo útero/proscênio.
Por falar em ventre e Teatro de Arena, foi ano da graça de 1977 que, bem ali, se pariu outra efeméride: "O Crocodilo Chorou”, meu primeiro espetáculo nesta província. Teve a direção de Luciano Alabarse, a produção da Dedé Ribeiro (a primeira produção dela) - e fui acompanhado pelo Grupo Olho da Rua. Acontecia a “função” num horário chamado "maldito". Meia-noite. Pois se dava logo após a peça que o Jairo de Andrade levava na época... Foram sete semanas em cartaz... Exatos, 30 anos se passaram.
Então e daí...Além do repertório atual... Vou cantar algumas do roteiro do Crocodilo Chorou: "AMOR E DOR", "TUTELADA RAMA", "MAGRICELA” entre outras que a memória permitir. Para isso, convidei a Suzana Castro e Souza, minha irmã. Ela cantava comigo desde sempre... Emoção bonita estar novamente com ela naquele palco.
Vai ser apenas uma doce saudade que vou deixar derramar, sem pieguice, sem cronofobia...
O tempo não drena tudo.
Com estima,
Nelson

Box do Serviço
Show de Nelson Coelho de Castro
Dia 30 de Novembro - Domingo
Às 20 hs
PREÇOS POPULARES: R$ 5,00 e R$ 10,00
TEATRO DE ARENAAv. Borges de Medeiros, 835Reservas de Ingressos: Fone 32260242

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Giba Giba


(uma cidade, um país, lugarejo...).
O edifício Sulacap tem telhado. Corpanzil sólido. Janelas francas. Largo feitio, argamassa e ferro. Altivo. Perene. Colunas robustas, passeio de pastilhas creme. Um selo porto-alegrense. Aliás, é o edifício mais porto-alegrense para qualquer porto-alegrense ou recém alheio. Nesta foto, bem ao fundo, ao centro, a face sul do triângulo de suas telhas deseja o céu.
Vamos para ao cavalheiro em primeiro plano. Chama-se Gilberto Amaro do Nascimento, Giba Giba. Ele se aproxima em magia. Mas, repare, que, canhoto, nos acena, nos cumprimenta, nos aponta o dedo. Parece querer fazer uma observação metafísica...
Vem sorrindo, pelo tempo sem tempo e pelo caráter. O riso líquido, também, quem sabe, além das razões referidas – poderia ser por uma palavra luz que lhe veio aos lábios...
...Que nada, pensei... Noto que está olhando para o lado.Exatamente no instante depois de nos ter olhado... Daí o riso além cordial. Pois que é para nós a graça que estende em tamanha fidalguia... Ora, ele nos conhece... São muitos anos, são muitos séculos... sabem quem somos, onde moramos, de quem gostamos... Nesta cena, diante do o Sr. Gilberto e da cidade em moldura - estamos momentos antes de sermos abraçados pela história...
A foto é de Luiz Antonio Catafesto. Contracapa do disco Outro Um, de Giba Giba.